No dia 25 de Junho é comemorado o Dia Mundial do Vitiligo. A data, criada em 2011 pelas Nações Unidas, visa aumentar a conscientização sobre o vitiligo, combater o preconceito e arrecadar fundos para pesquisa, apoio e educação.
Segundo o Ministério da Saúde, o vitiligo é uma doença caracterizada pela perda da coloração da pele. As lesões formam-se devido à diminuição ou ausência de melanócitos (as células responsáveis pela formação da melanina, pigmento que dá cor à pele) nos locais afetados.
Para falar sobre o assunto convidamos a Dra. Patrícia Mates, Médica Dermatologista, que atende na ARSS:
Qual é o causador do vitiligo?
Vitiligo é uma doença autoimune onde o sistema imunológico ataca os melanócitos, assim causando a sua destruição e como consequência a despigmentação da pele, cabelos e pelos, podendo ser localizada ou generalizada.
As causas da doença ainda não estão claramente estabelecidas, mas acredita-se que alterações e traumas emocionais sejam o fator desencadeante e agravante do vitiligo.
Em que período da vida se iniciam os sintomas?
As primeiras lesões podem aparecer em qualquer idade, desde o nascimento até à velhice, mas a média de idade é aos 20 anos.
É possível prevenir? Como?
Ainda não se sabe a causa exatamente, portanto é difícil prevenir, mas acredito que levando um estilo de vida adequado e equilibrado podemos prevenir essas doenças autoimunes as quais ainda se sabe muito pouco.
Também é importante conhecer o histórico familiar, onde já existe o vitiligo deve-se ficar atento pois é importante um diagnóstico precoce.
Vitiligo pode ser um sinal de doença grave?
Ao diagnosticar o vitiligo é importante descartar outras doenças como: Diabetes Mellitus Tipo 1, Tireoidites, Lupus, Miastenia Gravis, Anemias e até mesmo o Melanoma.
Portante, ele pode ser sim um sinal.
Qual é o tratamento a ser seguido?
Ainda não existe o tratamento ideal, pois é uma doença imprevisível. Em alguns casos ela fica estável, pode regredir ou até mesmo chegar à cura definitiva. Outros casos progridem, mas seguimos alguns protocolos.
Primeiramente cada paciente deve ser avaliado de acordo com o tipo do vitiligo e a extensão das lesões, logo se propõe um tratamento. É importante o uso do filtro solar e proteção física, pois a pele fica sujeita a queimaduras.
No caso dos medicamentos, hoje utilizamos corticoides, imunomoduladores e fototerapia (em alguns casos as modalidades cirúrgicas são indicadas). Não posso deixar de mencionar que temos os medicamentos da classe Anti JAK já sendo testados e com resultados promissores.
A profissional comentou ainda que se necessário, são indicados tratamentos com Psicólogos e Psiquiatras.