Dia Mundial do Doador de Sangue

Comemora-se em 14 de junho de cada ano o Dia Mundial do Doador de Sangue.
Esta data foi criada com o objetivo de aumentar a conscientização mundial sobre a necessidade de dispor de sangue e produtos sanguíneos seguros para transfusões, além de destacar a contribuição essencial que os doadores de sangue voluntários e não remunerados fazem aos sistemas nacionais de saúde.

Para falar sobre a data e a importância da doação de sangue, conversamos com a Dra. Sylvia Fatma Gomes Rocha, hematologista e hemoterapeuta que atende na ARSS:

Quem pode doar sangue?
O candidato à doação de sangue deve ter entre 16 e 69 anos, lembrando que se tiver menos de 18 anos deverá ter autorização dos pais e acima de 60 anos o paciente deverá ter feito ao menos 01 doação antes dos 60 anos. O doador deve comparecer ao hemonúcleo bem alimentado e hidratado (não é necessário fazer jejum), e portando um documento oficial de identificação com foto (RG, CNH, CTPS) para que seja feito o cadastro.
Estes paciente irão passar por um rastreio clínico em que serão feitas várias perguntas, por exemplo, se usa ou usou algum medicamento, se já teve alguma doença grave ou se teve alguma infecção recente. É importante que este doador responda essas perguntas de forma honesta, porque faz parte da triagem a qualificação do sangue para o paciente que irá recebê-lo futuramente. Também é importante para a segurança do próprio doador, uma vez que caso este possua alguma condição crônica (diabetes, por exemplo) a retirada de um determinado volume de sangue pode ser contraindicada.

O procedimento oferece algum risco?
O procedimento é seguro e o doador não corre risco (daí a importância da veracidade das informações que são fornecidas no momento da triagem).
Os hemonúcleos priorizam não só a segurança do paciente que irá receber o sangue, mas também o doador. Sendo assim, além da triagem clínica também é realizada uma triagem hematológica, onde são verificados a hemoglobina e o hematócrito para que a doação não cause uma fraqueza extrema ou tontura no doador.

Existe alguma doença que impeça a doação de sangue?
Existem doenças que impedem a doação de sangue, como a diabetes (pelo uso da insulina), hipertensão associada à cardiopatia, pacientes que já tiveram câncer, que usam imunossupressores ou tiveram hepatite.  

Depois de doar sangue é necessário seguir alguma recomendação médica?
O doador recebe um lanche no hemonúcleo e é orientado a beber bastante líquido neste dia (pelo menos 02 litros de água). O doador tem direito a um atestado do dia da doação e as atividades são limitadas (se for praticante de musculação, caminhada ou esportes que exigem esforço a orientação
é não praticar neste dia).

DOADORES QUE TIVERAM COVID PODEM DOAR SANGUE

Segundo a médica, após 10 dias sem sintomas gripais e estando bem clinicamente, o paciente já pode doar sangue. A infecção pelo Covid não é contraindicação à doação.
Disse ainda que é importante disseminar essa informação, pois existe uma baixa significativa nos bancos de sangue e infelizmente o número de pacientes que precisam de sangue não reduziu, pelo contrário, só tem aumentado e todos precisam ter consciência de que nada substitui o sangue. 
A Dra. Sylvia concluiu a fala reforçando a importância da doação, pois doar sangue é um ato de amor ao próximo.

Agende sua doação: Hemonúcleo de Francisco Beltrão