A Associação Regional de Saúde do Sudoeste (ARSS) entregou ontem (24/03/2021), em sua sede, em Francisco Beltrão, a primeira remessa de equipamentos e insumos hospitalares para tratamento da Covid-19. O consórcio está investindo R$ 600 mil reais nessas compras, destinadas a municípios que estão sobrecarregados no atendimento, devido ao aumento de casos de coronavírus. Prefeitos e demais representantes de Francisco Beltrão, Pranchita, Santa Izabel do Oeste e São Jorge D’Oeste compareceram ontem para receber os equipamentos. “Nos reunimos com a diretoria e decidimos comprar quatro respiradores e todos os equipamentos — bomba de infusão, monitores, aspiradores e os equipos — para salvar vidas nesse momento tão importante. Logo chegarão mais para equiparmos nossa região nesse momento crítico que atravessa a saúde pública”, disse o prefeito de Santo Antônio do Sudoeste, Ricardo Ortiña, presidente da ARSS. A união de esforços entre a associação e os municípios foi destacada pelo prefeito de Beltrão, Cleber Fontana: “Toda ajuda é bem-vinda, nós, que fazemos parte da ARSS, ficamos muito felizes em ver que o consórcio, através dos municípios, somou esforços. O primeiro respirador vai para UPA, junto de algumas bombas de infusão; Santa Izabel do Oeste também está levando um respirador, nesse momento, mas na sequência outros municípios receberão esse apoio. Nós já estamos há tantos anos utilizando os benefícios, comprando serviços, consultas, exames, através do consórcio, e nesse momento vamos utilizar mais ainda, inicialmente para compra de equipamentos e, se necessário for, para compra, também, de vacinas”. Simone Pilz, secretária de Saúde de Santa Izabel do Oeste, comentou que o município encontrou difi- culdades para comprar os equipamentos de forma autônoma, como o próprio desabastecimento dos fornecedores, e os insumos conseguidos por meio da ARSS vão diretamente para a Casa de Saúde Santa Izabel, que tem dez leitos de UTI e atende como retaguarda clínica na Macrorregião Oeste. Dificuldades Cleber Fontana também relatou que a maior dificuldade para os municípios não tem sido a questão financeira, mas o acesso aos equipamentos por causa da alta demanda. “Hoje, nossa dificuldade maior não é recurso financeiro; primeiro são pessoas, material humano pra trabalho, e segundo são os produtos. Muita coisa o mundo inteiro tá procurando, a vacina mesmo, então é difícil, os fabricantes não conseguem confeccionar para atender a todos; a mesma coisa é oxigênio, os medicamentos anestésicos para manter os pacientes que estão entubados e os que precisam ser entubados. Então, nesse momento, há um desabastecimento no Brasil e no mundo, muita coisa está faltando e, certamente, nós temos que nos unir para tentar otimizar cada vez mais os equipamentos e torcer que logo a gente passe por essa onda mais difícil”, disse o prefeito. O presidente da ARSS, Ricardo Ortiña, adiantou que no início de abril devem chegar mais equipa- mentos para distribuição a outros municípios e que há conversas na diretoria para a compra e instalação de usinas de produção de oxigênio na região.
Fonte: Jornal de Beltrão
Texto: Aline Leonardo